Ação da PF contra roubo de aviões para tráfico de drogas cumpre mandados em MS

Dourados está na lista de cidades onde foram feitas prisões e buscas, nesta sexta; investigação é de MT

HELIO DE FREITAS, DE DOURADOS / CAMPO GRANDE NEWS


Policiais federais durante buscas em operação desencadeada nesta sexta (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nesta sexta-feira (6) em Dourados, a 251 km de Campo Grande, no âmbito da Operação Proa Clandestina, deflagrada pela Delegacia de Sinop (MT).

Polícia Federal combate roubo de aviões usados pelo tráfico internacional de drogas. Operação Proa Clandestina cumpre mandados em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. Alvo é quadrilha que roubava aeronaves para transportar cocaína da fronteira com Bolívia e Paraguai para o Brasil. Investigação começou após roubo de avião apreendido em 2022, em Mato Grosso. Aeronave seria leiloada. Quadrilha tinha estrutura para adquirir, preparar e manter aviões para o tráfico. PF pediu prisões preventivas, buscas, sequestro de bens e bloqueio de R$ 4,2 milhões.

O alvo é organização criminosa especializada no roubo de aeronaves, tráfico internacional de drogas por via aérea e lavagem de dinheiro. Aviões roubados pela quadrilha eram usados para transportar grandes cargas de cocaína da linha de fronteira para grandes centros brasileiros.

Além de Dourados, os mandados judiciais estão sendo cumpridos em Sinop, Matupá, Guarantã do Norte e Nova Ubiratã (todas em Mato Grosso); e em Palmas e Porto Nacional, em Tocantins.

Conforme a PF, a investigação teve início após o roubo de uma aeronave e dano causado à outra, ocorridos em fevereiro de 2024, num aeroporto privado em Nova Ubiratã.

As aeronaves haviam sido apreendidas anteriormente durante operação deflagrada pela PF em março de 2022 para combater crimes relacionados ao tráfico de drogas. Ambas estavam sob custódia judicial e seriam levadas a leilão na mesma semana em que ocorreu o roubo.

A investigação revelou que organização criminosa mantinha estrutura voltada à aquisição, preparação e manutenção de aeronaves destinadas ao transporte de cocaína, com atuação em regiões de fronteira com a Bolívia e o Paraguai.

Com base nas provas coletadas, a Polícia Federal pediu quatro mandados de prisão preventiva, 11 de busca e apreensão, além de medidas de sequestro e arresto de bens e bloqueio de contas bancárias no limite de R$ 4,2 milhões. O balanço da operação ainda não foi divulgado.